quinta-feira, 10 de março de 2011


João Bunyan, O Sonhador Imortal
(1628-1688)

Quem nunca ouviu falar do livro O Peregrino? O clássico da literatura cristã, escrito por João Bunyan é um retrato de um homem que cultivava uma intimidade com Cristo, contudo, poucos cristãos realmente conhecem a história e vida desse autor, conhecido como “O Sonhador Imortal” – estando ele morto, ainda fala.

Em sua obra Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, Bunyan relata que mesmo vivendo em extrema pobreza, seus pais conseguiram ensiná-lo a ler e escrever. Era funileiro e como todo funileiro, tinha uma vida de grandes privações, mas nutria o amor e hábito pela leitura, por isso, conservava dois livros O Caminho do Homem Simples para os Céus e A Prática da Piedade, obras que seu pai lhe deixou ao falecer.

Casou-se com uma moça de família cujos membros eram crentes fervorosos e regularmente freqüentava a igreja. Bunyan sentia-se tocado pelo Espírito Santo e sabia da sua necessidade de entregar-se a Cristo. Nos trechos do livro Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, revela como ele lutava em oração no tempo da sua conversão:

Busquei ao Senhor, orando e chorando, e do fundo da alma clamei: “Ó Senhor, mostra0me, eu te rogo, que me amas com amor eterno!” Logo que clamei, voltaram para mim as palavras, com um eco: “Eu te amo com amor eterno!” Deitei-me para dormir em paz e, ao acordar, no dia seguinte, a mesma paz permanecia na minha alma. O Senhor me assegurou: “Amei-te enquanto vivias no pecado, amei-te antes, amo-te depois e amar-te-ei para todo sempre. Certa manhã, enquanto tremia na oração, porque pensava que não houvesse palavra de Deus para me sossegar, Ele me deu esta frase: A minha graça te basta”.  O meu entendimento foi tão iluminado como se o Senhor Jesus olhasse dos céus para mim, pelo telhado da casa, e me dirigisse essas palavras. Voltei para casa chorando, transbordando de gozo e humilhado até o pó

O amor pela obra do Senhor crescia a cada dia e Bunyan sentia seu coração pulsar de amor pelos perdidos que ignoravam os horrores do inferno. Sobre isso, escreveu:

De coração, clamei a Deus com grande insistência que Ele tornasse a Palavra eficaz para a salvação da alma... De fato, disse repetidamente ao Senhor, que se o meu enforcamento perante os olhos dos ouvintes servisse para despertá-los e confirmá-los na verdade, eu o aceitaria alegremente. O maior anelo em cumprir meu ministério era o de entrar nos lugares mais escuros do país... Na pregação, realmente sentia dores de parto para que nascessem filhos para Deus. Sem fruto, não ligava importância a qualquer louvor aos meus esforços; com fruto, não me importava com qualquer oposição.

Vendo-se grandemente prejudicado pela obra desse grande homem de Deus, Satanás começou a levantar barreiras, mas Bunyan manteve-se firme e resistiu a todas as tentações, inclusive a de vangloriar-se sobre as obras de seu ministério. Certa vez, um dos seus ouvintes, aproximou-se e lhe disse que pregara um bom sermão, ele, no entanto, respondeu: “Não precisa dizer-me isso, o diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna”
Mas o diabo não se deu por vencido e começou a suscitar calúnias e boatos em todo o país, a fim de que Bunyan abandonasse seu ministério. Chamava-no de feiticeiro, jesuíta, cangaceiro, e afirmavam que tinha duas esposas e que os seus filhos eram ilegítimos.
Mais uma vez, Bunyan manteve-se firme no seu ministério e mais uma vez, o diabo agiu. Dessa vez, seus opositores o denunciaram por não observar os regulamentos dos cultos da igreja oficial. Foi sentenciado a prisão perpétua, recusando terminantemente a revogação da sentença apesar dos apelos de seus amigos e de sua esposa. Bunyan tinha de ficar preso até se comprometer a não mais pregar. Sobre sua prisão, ele declarou:
Nunca tinha sentido a presença de Deus ao meu lado em todas as ocasiões como depois de ser encerrado... fortalecendo-me tão ternamente com esta ou aquela Escritura até me faz desejar, se fosse lícito, maiores provações para receber maiores consolações... 

... Resolvi, como Paulo disse, não olhar para as coisas que se vêem, mas sim para as que se não vêem, porque as coisas que se vêem não temporais, mas as cosias que se não vêem são eternas. E compreendi que se eu fosse prevenido apenas de ser preso, poderia, de improviso, ser chamado, também, para ser açoitado, ou amarrado ao pelourinho. Ainda que esperasse apenas esses castigos, não suportaria o castigo de desterro. Mas a melhor maneira para passar os sofrimentos seria confiar em Deus, quanto ao mundo vindouro; quanto a este mundo, devia considerar o sepulcro como minha morada, estender o meu leito nas trevas e dizer à corrupção: “Tú és meu pai!”, e aos vermes: “Vós sois minha mãe e minha irmã” (Jó 17:13,14). Contudo, apesar desse auxílio, senti-me um homem cercado de fraqueza. A separação da minha esposa e de nossos filhos, aqui na prisão, torna-se, às vezes, como se fosse a separação da carne dos ossos

Mesmo abalado com as privações e desconforto de uma prisão e separado da família, Bunyan permanecia inabalável em sua fé e no seu propósito: o de espalhar a Palavra de Deus aos que ainda não conhecem. Quando lhes ofereciam a liberdade em troca de que não mais pregasse, ele respondia: “Se eu sair hoje da prisão pregarei amanhã, com o auxílio de Deus”.

Ao longo do seu ministério Bunyan deixou algumas obras importantes: Graça Abundante ao Principal dos Pecadores; Chamado ao Ministério; O Peregrino; A Peregrina; A Conduta do Crente; A Glória do Templo; O Pecador de Jerusalém é salvo; As Guerras da famosa cidade de alma-humana; A vida e a morte de homem mau; O sermão do Monte; A Figueira Infrutífera; Discursos sobre oração; O Viajante Celestial; Gemidos de uma alma no inferno; A justificação é imputada, entre outros.

Passou doze anos na prisão, ou seja, mais da quinta parte da sua vida. Após sua libertação, concedida por Whitehead, continuou a fazer aquilo que sua alma mais anelava: pregar o evangelho! Pregou em Bedford, Londres, e muitas outras cidades. Conseguiu rapidamente grande popularidade ao ponto de ser conhecido como o “Bispo Bunyan”. Continuou seu ministério até a idade de 60 anos, quando foi atacado de febre e faleceu.

Faz três séculos que os livros de Bunyan continuam inspirando e fortalecendo os corações dos cristãos. Com pouca instrução e estudo, o pregador consegue interessar pessoas de diversas culturas e idades. Qual a explicação para tamanho sucesso? Bunyan era um homem que vivia na presença de Deus. Ele cultivava o hábito da oração. Acerca da oração, escreveu: “As melhores orações consistem, às vezes, mais em gemidos do que em palavras, e estas palavras não são mais do que a mera representação do coração, vida e espírito de tais orações”

Os horrores da prisão não foram suficientes para matar a fidelidade e o amor desse grande herói da fé. Foi exatamente numa cela fria e escura, que Bunyan teve as visões descritas nos seus livros.
João Bunyan deixou suas marcas no cristianismo. Seu livro O Peregrino, escrito durante prisão em Bedford, já dura quase três séculos e que, atualmente, é lido em cento e quarenta línguas. Depois da Bíblia, é o livro de maior circulação.

Bunyan nos deixou exemplo de uma vida de dedicação, fé e perseverança. Ensinou-nos a desfrutarmos de vida plena de comunhão com Deus e foi com muito amor a Cristo que esse simples funileiro, transformou-se em um homem cheio da graça de Deus e um dos maiores nomes do cristianismo.

De Ismênia Noleto

segunda-feira, 7 de março de 2011


"A maior necessidade de nossos dias é poder do alto." - Charles Finney
 
"O milagre do avivamento é bem semelhante ao de uma colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heróicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer - e, se for necessário, vencer e morrer. 'O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.'" - Charles Finney

  (Citações do livro "Por que tarda o pleno avivamento" por Leonard Ravenhill)
 
Charles Grandison Finney nasceu no dia 29 de agosto de 1792, um ano após o falecimento do John Wesley, na cidade de Warren, no estado de Connecticut, EUA. A sua família não era religiosa, e o jovem Finney foi criado sem nenhuma formação cristã. Aos 26 anos ele começou a trabalhar num escritório de advocacia na cidade de Adams, e freqüentou uma igreja, apesar de achar que as orações daqueles crentes não estavam sendo respondidas. 

No dia 10 de outubro de 1821, enquanto ele orava sozinho num matagal, Finney experimentou uma poderosa conversão. Mais tarde no mesmo dia, ele foi batizado no Espírito Santo, numa experiência que ele relatou na sua autobiografia: 

Mas assim que me virei para me sentar perto do fogo, um poderoso batismo do Espírito Santo caiu sobre mim inesperadamente. Nada esperava, tudo desconhecia daquilo que se estaria passando comigo. Nunca havia sequer imaginado que tal coisa existisse para mim, nunca me recordo de alguma vez haver ouvido uma pequena coisa sobre tal coisa. Foi de todo uma coisa absolutamente inesperada. O Espírito Santo desceu sobre mim de maneira que mais me parecia trespassar-me e atravessar-me de todos os lados, tanto física como espiritualmente. Mais me parecia uma corrente eletrificada de ondas de amor. Passavam em e por mim, atravessando-me todo. Mais me pareciam ondas e ondas de amor em forma líquida, uma torrente de vida e amor, pois não acho outra maneira de descrever tudo aquilo que se passou comigo. Parecia-me o próprio sopro de vida vindo de Deus. Lembro-me distintamente que me parecia que esse amor soprava sobre mim, como com grandes asas. 
 
Não existem palavras que possam sequer descrever com a preciosidade e com a quantidade de amor que fora derramado em meu coração. Eu chorava de alegria profunda, urrava de amor e alegria! O meu coração muito dificilmente teria como se poder expressar de outra forma. Aquelas ondas sem fim passavam por mim, em mim, através de todo o meu ser. Recordo-me apenas de exclamar em alta voz que pereceria de amor se aquilo continuasse assim por muito mais tempo. Mas mesmo que morresse, não tinha qualquer receio de qualquer morte em mim presente. Quanto tempo permaneci neste estado de coisas, não sei precisar. Mas sei que muito tarde um membro do coro da igreja entrou nos escritórios para me encontrar naquele estado de coisas. Eu era então líder do coro e ele viera falar comigo sobre algo. Ele era um membro da igreja. Entrou e achou-me naquele estado de espírito de choro e lágrimas. Perguntou-me logo se estava bem. "Sr. Finney, o que se passa com o senhor?" Não conseguia responder-lhe uma palavra nesse preciso momento. Perguntou-me se estava com dores ou algo assim. Recolhi todo o meu ser o mais que pude e disse-lhe que não tinha qualquer dor, mas que estava tão feliz que não conseguia viver.
 
Ele esgueirou-se rapidamente e saiu dali. Voltou com um dos presbíteros da igreja. Ele era um homem de feições muito sérias. Sempre que estava em minha presença, mantinha-se em vigilância absoluta, resguardando-se a ele próprio de mim. Nunca o havia visto rir-se sobre algo. Quando entrou, perguntou-me como me estaria a sentir. Comecei por lhe contar. Mas em vez de me dizer alguma coisa, deu-lhe um ataque de riso tão grande que não tinha como impedir de se rir muito à gargalhada e bem alto do fundo do seu coração!
A notícia da conversão de Finney espalhou-se rapidamente na cidade, e na noite seguinte ele deu seu testemunho na igreja, começando assim um avivamento naquela cidade: 

De qualquer modo, todos foram direitos ao local das ditas reuniões de oração. Eu também me dirigi para lá de imediato. O pastor da igreja estava lá, tal como praticamente todas as pessoas da vila. Ninguém parecia com disposição para empreender a abertura da reunião. A casa estava repleta e ninguém mais cabia lá. Não esperei que alguém me convidasse para discursar e comecei desde logo a falar. Comecei por dizer que agora sabia que a religião era vinda de Deus pessoalmente... 
 
Eu nunca havia orado em público. Mas logo o Sr. Gale [o pastor da igreja] tratou de remediar a questão, assim que terminara o seu discurso. Ele chamou-me a orar, o que fiz com grande liberdade de espírito e com largueza e abertura de coração. Aquela noite obtivemos uma reunião improvisada ímpar e bela. E a partir dali, não houve noite sem reunião de oração e isso durante muito tempo depois. A obra de Deus espalhava-se para todos os cantos e direções. 
 
Finney começou reuniões de oração com os jovens da igreja, e todos foram convertidos. Depois ele foi visitar seus pais, e ambos foram tocados poderosamente por Cristo. Finney continuou tendo experiências poderosas e sobrenaturais com Deus, e passou a gastar muito tempo a sós com Ele em oração e jejum. Ele começou a pregar, primeiro nas pequenas cidades e aldeias, e depois nos grandes metrópoles, e muitos foram poderosamente convertidos. 

Ele entendeu a necessidade de comunicar o evangelho com simplicidade, usando ilustrações e linguagem apropriadas ao povo. Seu estilo de pregação atraiu muito oposição dos outros ministros: 

Antes mesmo de me haver convertido, eu tinha em mim uma tendência distinta desta. Eu aprendia a escrever e falar com linguagem muito ornamentada. Mas quando comecei por pregar o evangelho de Cristo, a minha mente apoderou-se duma certa ansiedade em ser entendido por todos os que me tivessem como ouvir. Era urgente e expediente ser bem entendido. Estudei vigorosamente para encontrar e descobrir meios de persuasão que não fossem nem vulgares nem vulgarizados, mas também os quais fossem bem assimilados e que explanassem todos os meus pensamentos com a maior das simplicidades de linguagem, pois o alvo era ser entendido, salvar e não aceite pela opinião publica. Esta maneira de ser e estar no púlpito era opostamente agressiva à idéia comum entre o meio ministerial e as noções da altura, pois não aceitavam esta nova maneira de empreender e viver as verdades. A respeito das muitas ilustrações das quais fazia uso, muitos me perguntariam: "Porque não ilustra as coisas através dos eventos histórico-sociais duma maneira mais dignificante?" Ao que eu respondia sempre que quando trazia uma ilustração que ocupava as mentes das pessoas, então elas nunca davam nem a devida atenção, nem a importância à verdade que essas ilustrações pretendiam encerar e implantar nos corações e nas vidas pessoais de cada um que me ouvia. Eu não tinha como objectivo que se lembrassem da ilustração nem de mim, mas sim da verdade da ilustração contida em si e em mim. 
 
Numa vila perto da cidade de Antwerp Finney pregou ao povo reunido na escola, e sua pregação foi interrompida por um grande mover do Espírito Santo: 

Falei-lhes durante algum tempo, mas quinze minutos depois de estar a falar sobre a sua responsabilidade pessoal diante de Deus, constrangendo-os ao arrependimento, de repente uma seriedade abismal apoderou-se daqueles rostos antes irados, uma solenidade fora do vulgar. Logo de seguida todas as pessoas começaram a cair nos seus joelhos, em todas as direções como que caindo dos seus assentos, clamando por misericórdia a Deus. Caso tivesse uma espada em minha mão, nada de igual havia de conseguir com efeitos parecidos e tão devastadores. Parecia que toda a congregação estava ou de joelhos, ou prostrados com o nariz no chão gritando por misericórdia logo ali. Numa questão de dois minutos toda aquela congregação estaria de joelhos a clamar. Cada um orava por si próprio, aqueles que tinham como falar. 
 
É obvio que tive de parar com a pregação, já que ninguém me prestava mais atenção. Eu olhei e vi aquele velhinho que me endereçou o convite para pregar ali, sentado a meio da sala, olhando à sua volta muito perplexo, muito atônito com tudo aquilo. Levantei a minha voz muito alto, quase gritando, para que me ouvisse e perguntei-lhe se sabia orar. Ele de imediato caiu de joelhos e implorou por aquelas almas em agonia, entre a vida eterna e a morte. A sua voz era forte e todo o seu coração estava sendo derramado diante do Criador do mundo. Ninguém o ouvia, ninguém ali prestava qualquer atenção às suas palavras. Logo comecei a falar com algumas pessoas que clamavam assustadamente a Deus, para que me ouvissem e prestassem atenção. Eu dizia: "Olhem, ainda não estão no inferno! Deixem-me assinalar-vos o caminho para Cristo!" Por alguns instantes eu queria trazer-lhes o evangelho, mas não conseguia a sua atenção sequer. Todo o meu coração palpitava e exultava de tal modo que me controlei com muito custo para não gritar de alegria por toda aquela visão celestial, dando glória a Deus. Assim que tive como controlar meus sentimentos, debrucei-me diante dum jovem que estava ali perto e muito atarefado a orar por ele mesmo. Pus minha mão suavemente em seu ombro, atraindo a sua atenção e pregando-lhe Jesus ao ouvido em sussurro. Assim que captei a flecti a sua atenção para a cruz de Cristo, ele creu, acalmou-se, aquietando-se estranhamente pensativo durante um minuto ou dois, para logo de seguida irromper numa oração dedicada por todos aqueles aflitos, ali mesmo. Fiz o mesmo com um e outro com os mesmos resultados. Depois mais um e mais outro até que chegou a hora em que eu haveria de sair dali para cumprir com um outro compromisso na vila. 
 
A 5 de outubro de 1824, Finney casou-se com Lydia. Ele a deixou para ir buscar seus pertences em Evan Mills, esperando estar de volta em uma semana. No outono anterior, Finney pregara várias vezes em Perch River. Um mensageiro foi procurá-lo, pedindo para pregar mais uma vez em Perch River porque Deus estava dando um reavivamento. Finney prometeu visitá-los na noite de terça-feira. Deus operou tão poderosamente que Finney prometeu outro culto na noite de quarta-feira, depois na de quinta, e outros mais... 
 
O reavivamento estendeu-se até uma grande cidade chamada Brownsville. O povo dali insistiu para que Finney passasse o inverno. No começo da primavera, Finney preparou-se para voltar para a esposa. Ele teve de parar para ferrar o cavalo em Rayville. As pessoas o reconheceram e correram ao seu encontro, insistindo para que pregasse pelo menos uma vez ali. Finney anunciou então uma reunião à uma hora da tarde. Uma multidão se formou ao seu redor. O Espírito Santo veio em poder e eles suplicaram que Finney passasse a noite na cidade. Ele pregou naquela noite e o fogo de reavivamento continuou queimando. Pregou então na manhã seguinte e teve de permanecer mais uma noite, já que Deus estava operando tão profundamente. Finney pediu a um irmão cristão que levasse seu cavalo e trenó à sua esposa e lhe contasse os fatos. Eles estivam separados há seis meses. Finney continuou pregando em Rayville mais algumas semanas e a maioria do povo se converteu. 
 
Wesley L. Duewel - O Fogo do Reavivamento
 
Até sua morte em 16 de agosto de 1875, aos 82 anos, Finney continuou sendo usado por Deus como um poderoso instrumento de avivamento nos Estados Unidos e na Inglaterra. De 1851 a 1866 ele foi diretor do Oberlin College, onde ele ensinou 20 mil estudantes. 

No seu livro 'O Fogo de Reavivamento', Wesley Duewel conta sobre um avivamento que aconteceu numa escola secundária, provavelmente em 1831:
Um cético tinha uma grande escola secundária em Rochester. Inúmeros estudantes foram às reuniões de Finney e ficaram profundamente convencidos de sua necessidade de Criso. Certa manhã depois de as reuniões terem continuados por duas semanas, o diretor encontrou tantos alunos chorando por causa dos seus pecados que mandou buscar Finney para instruí-las. Finney atendeu e o diretor e quase todos os alunos foram convertidos. Mais de quarenta estudantes do sexo masculino e vários do sexo feminino vieram a tornar-se mais tarde ministros e missionários. 
 
E falando sobre este avivamento na cidade de Rochester, Wesley Duewel resuma: 

Anos mais tarde, o Dr Henry Ward Beecher, ao comentar esse poderoso reavivamento e seus resultados, declarou: "Essa foi a maior obra de Deus e o maior reavivamento da religião que o mundo já viu em prazo tão curto. Calcula-se que cem mil indivíduos se uniram às igrejas como resultado desse enorme reavivamento." No período entre 1831 e 1835, mais de 200.000 foram convertidos. 
 
De acordo com o promotor de Rochester, o avivamento naquela cidade resultou numa diminuição de dois terços na índice de criminalidade, mesmo com a população da cidade triplicando depois do avivamento. 

Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração ao meio-dia.

QUAL SERÁ A SUA SAÍDA ?



Texto: Provérbio 24:10.

“Se te mostras fraco no dia da angustia, a tua força é pequena” – REVISTA E ATUALIZADA.

“Se desfaleces no dia da adversidade, diminuto é o teu valor”.  - BÍBLIA HEBRAICA.

“Se fica desesperado quando tem que enfrentar muitos problemas, você é um fraco...” – LINGUAGEM DE HOJE.

“Se te mostrares frouxo no dia da angustia, a tua força é pequena”. – BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL.

Se te mostrares fraco, frouxo, desfalecido no dia da angustia, no dia da adversidade, resultado da escassez, resultado de um momento de aperto, resultado de um momento de aflição, a tua força é pequena.

Disse Jesus:

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflição, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (João 16:33)

Disse Jesus:
“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: que comeremos? que beberemos? ou: com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça e todas estas coisa vos serão acrescentadas. portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. (Mateus 6:31 A 34).

              O Salmista disse:

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Sal.46:1).

O profeta Jonas no ventre do grande peixe orou ao senhor:
“E disse: na minha angustia, clamei ao senhor, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei e tu me ouviste a voz”. (Jonas 2:2)

Deus disse por intermédio do profeta Isaías:

“Quando passares pelas águas, eu serei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão, quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador, dei o Egito por teu resgate, e a Etiópia e Seba por ti. Visto que foste precioso aos meus olhos, digno de honra, eu te amei, darei homens por ti e os povos pela tua vida. Não temas porque sou contigo” (Isaías 43:2 À 5a)

O último Apóstolo disse:

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Paulo - Filipenses 4:6).

             Damos graças ao Senhor, pois a cada dia nos permite enfrentar um desafio para descobrirmos o nosso valor, parece até uma utopia, porém apenas quando somos desafiados descobrimos quem nós somos.

             Quem já não foi surpreendido vencendo um desafio em Deus, e logo após ter alcançado êxito disse; Como consegui ? Como fiz isto?, Assim reconhecemos a ação do Senhor nas nossas vidas, realmente
“ DEUS SUPEROU AS MINHAS EXPECTATIVAS”.

             Aprendemos que onde há incredulidade não há milagres, onde não há fé, não há o sobrenatural de Deus, não foi assim que aconteceu em Nazaré, Jesus “...não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles...” (Mateus 13:58)

             Jesus não achou muita fé em Nazaré, ali Ele encontrou muitas dificuldades, uma delas era por ser natural daquele lugar, e o boato que corria na cidade era “Não é este o filho do carpinteiro” (Mateus 13:55).

 O texto nos esclarece que se nós nos mostramos fraco, frouxo, desfalecido no dia da angustia, no dia da adversidade, resultado da escassez, resultado de um momento de aperto, resultado de um momento de aflição, nossa força é pequena.
            No dia da angustia, no dia da adversidade, descobrimos quem nós somos. No dia da angustia, no dia da adversidade temos duas saídas, ficar e enfrentar ou correr, qual tem sido a nossa escolha.

            O texto de II Samuel 23:11, nos ensina a História do valente Sammá, diz o texto; “Depois dele, Sammá, filho de Age, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram em Leí, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas; e o povo fugia de diante dos filisteus”.

             O valente Sammá ficou e defendeu a propriedade, enfrentou seus inimigos, não recuou como os demais, e o Senhor efetuou grande livramento.

            Nossa vida é repleta de desafios, não teremos descanso, vamos lutar pela nossa família, vamos lutar para permanecermos empregados, vamos honrar nossos compromissos financeiros, vamos suar a camisa para trazer o pão para nossas mesas.

           Não podemos correr diante de todos estes desafios que a nós é imposto, vamos fazer como Sammá, vamos ficar firmes, enfrentar os desafios, e o Senhor efetuará grandes livramentos.

              Não podemos desfalecer no dia da adversidade, mesmo que o desafio seja aparentemente grande demais para nós, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”.

             O Faraó do Egito nos dias de José iria enfrentar um grande problema, sócio-econômico, recebeu a notícia que passaria por  07(sete) anos de fartura e 07(sete) anos de miséria, e precisava de um homem sábio e ajuizado para administrar e enfrentar o desafio.

             Não havia homem mais ajuizado e sábio que José, pois o próprio faraó disse que em José habitava o Espírito de Deus. José aceitou o desafio e o Senhor efetuou grande livramento, nos dias de fartura guardaram e nos dias de fome foram saciados. Com a ação sobrenatural de Deus, um pouco de juízo e sabedoria o desafio que parecia ser grande, passou por despercebido.

Deus não despreza um coração quebrantado e contrito, “E disse: na minha angustia, clamei ao senhor, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei e tu me ouviste a voz”, na hora do aperto Jonas clamou, e o senhor ouviu a sua voz. Clame ao Senhor em todo tempo e não só quando se deparar com um desafio.

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Paulo - Filipenses 4:6).

Não ande ansioso de coisa alguma, aprenda a descansar em Deus, Deus tem sempre um final feliz para nós, vai depender exclusivamente de nós desfrutar deste final feliz. Deus disse através do profeta Oséias “O meu povo esta sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”.(Oséias 4:6).

Os Desafios existem para serem enfrentados, temos que prosseguir, não esmorecer, não desistir, não podemos fraquejar, Deus tem sempre um final feliz para nós.