quarta-feira, 9 de junho de 2010

VIVENDO O EVANGELHO PRA VALER



 
  
"...Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus..." (Mateus 5: 13 -16)

Há indícios que todas as culturas antigas temperavam seus alimentos usando sal, tanto para suprir eventuais deficiências deles como para melhorar o sabor. Há registros do uso do sal para conservar alimentos em antigas culturas às margens do Nilo, no Egito, há oito mil anos. Saiba que guerras foram travadas pelo controle de minas de sal que, em determinados momentos da história, foi mais valioso que o ouro.

I- Vós sois o sal da terra

Jesus acreditamos que momentos depois de ensinar aos discipulos que Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus 5:2-12), começa a ensinar um dos seus mais importantes ensinamentos:

“... Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens...” (Mateus 5:13)

Já apreendemos que o sal serve para tornar um alimento mais saboroso, Jesus sabendo disso nos ensina que devemos ser o sal desta terra, a nossa nação precisa deste elemento, nossas igrejas precisam ser sal, nós precisamos ser sal, se não formos sal, nossa sociedade, nossos parentes e amigos, viverão uma vida sem sabor e sem graça. Eu quero viver o evangelho pra valer, mas encontro-me numa posição que não posso salgar a vida de ninguém, e quando nos encontramos assim necessitamos ser restaurados, renovados, precisamos rever alguns conceitos e prioridades. O Senhor Jesus disse “... Vós sois o sal da terra...”, esta palavra é uma afirmação, somos despenseiros da graça de Deus, nós temos condições de sobra, pois em nós habita o Espírito do Deus excelente, do nosso interior flui graça, cura, restauração e vida. Irmãos se perdermos o foco deste chamado estaremos inseridos na parte “b” do versículo, e não queremos estar inseridos nos seu contexto.  Se nossas famílias precisam de sal, estamos no lugar certo, expostos a glória do Deus, sendo ministrados por uma palavra de Deus, que se colocada em prática e vivenciada todos os dias, colheremos frutos. Eu quero viver o evangelho pra valer, eu quero que pessoas quando se aproximem de mim se distanciem felizes e bem consigo mesmo, mas isso só irá acontecer se for sal.

Jesus nos alerta que “... se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor...”, podemos encontrar cristãos que não estão bem consigo mesmo, que não estão se aprovando com base nas suas próprias ações, cristãos amargurados, infelizes no trabalho, na família, e realmente estes não podem ser sal na vida de ninguém necessitam ser restaurados e renovados. Se houver algum ser aqui hoje nestas condições, digo que você esta lugar certo, exposto a glória do Deus, sendo ministrados por uma palavra de Deus, que se colocada em prática e vivenciada todos os dias, este quadro mudará. Eu quero viver o evangelho pra valer, não serei jogado fora e pisado pelos homens. Um poeta no nosso século muito preocupado com a Igreja e com a qualidade de cristãos que algumas igrejas estão produzindo e verificado que valores estavam sendo invertidos e que ser Sal não estava sendo uma das prioridades dos cristãos disse:

O Evangelho

Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.
Paulo Cesar.

Jesus continua dizendo:

“... Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa...” 

A luz foi criada para dissipar as trevas, pois as trevas conforme o relado de Gênesis 1:1 “... cobriam a face do abismo...” e Deus começou a arrumar o caos.

O Salmista no salmo 119 escreve:

 “... Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho...” (sal. 119:105).

Aqueles que um dia foram iluminados pelo Senhor Jesus, não perdem o seu brilho, sempre haverá um fachinho de luz aparente. O Senhor Jesus no livro de Isaías é mencionado como aquele que estaria levando luz a uma terra aflita e que vivia na escuridão
“... Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz...” (Isaias 9:1-2)

O papel da Igreja é ser luz, nossa nação precisa ser iluminada, nossa família precisa ser iluminada e Jesus nos colocou em um lugar apropriado para iluminar a todos, pois ele nos acendeu e não nos colocará debaixo de uma vasilha ou alqueire (Alqueire designava originalmente uma das bolsas ou cestas de carga que se punha, atadas, sobre o dorso e pendente para ambos os lados dos animais usados para transporte de carga.) . A sociedade clama por uma postura cristã de viver, a família clama por uma postura crista para resolver conflitos, temos que ser luz e viver o evangelho pra valer.

Irmãos este tema não sai da minha mente, nesta semana decidi em meu coração viver o evangelho pra valer, e de joelhos disse ao Senhor na sala da minha casa e isto se transformará em canção:
   
“... Hoje começa um novo tempo, tempo de renuncia, tempo de renovo, tempo de buscar a face de Deus e se encher do seu Espírito, tempo de viver o evangelho de Jesus, morrendo para mundo e vivendo para glória de Deus...”   

Jesus termina dizendo:

“... Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus...”

Se hoje dissermos ao Senhor Jesus vou viver o evangelho pra valer, se andarmos neste principio de ser luz com certeza brilharemos e a nossa nação verá, nossa família verá, amigos e parentes verão e glorificarão a Deus.  E cumpriremos o nosso papel como Igreja que anda dando sabor à vida das pessoas e levando luz aqueles que andam em trevas.
 

Pr. Andre Luiz (Sermão ministrado na Igreja Batista do Calvário em 06 de junho de 2010) 




sexta-feira, 4 de junho de 2010

Entrevista com o Pr. Adhemar de Campos

 

Há quanto tempo o senhor participa desses eventos, você tem 30 anos de ministério, mas os eventos começaram a acontecer quando?
Esse especificamente do Lar Cristão é a primeira vez que eu participo, mas de eventos eu participo há 25 anos, sempre participei de encontros, congressos, seminários com ligas de pastores.



Ocorre alguma mudança depois desses eventos, na sua vida ou na vida das pessoas mais próximas? Acontece sim uma conscientização muito forte, uma coisa muito marcante na vida das pessoas que participam desses congressos. Semana passada, em nossa comunidade, eu coordenei um seminário, um congresso de louvor e adoração. Sobre o tema "O que a igreja deve cantar", e depois de passado eu recebi vários comunicados, e-mails de pessoas falando, comentando do quanto foi importante para a vida delas, o quanto isso acrescentou e o quanto isso esclareceu na vida delas. A minha experiência de congressos é que sempre algo é acrescentado, sua visão é ampliada, seu entendimento se torna mais claro quanto aos propósitos de Deus.


Com relação a esse congresso que é o Pastoreio de famílias. O que o senhor acha que o louvor pode mudar na vida de uma família, como isso pode fazer a diferença? A partir do trecho do Salmo 115 que diz assim: "Na casa do justo há voz de júbilo e salvação", o ambiente mais propício para se cultuar, cultivar a Deus, se cultivar o louvor e a adoração é no ambiente familiar. No convívio, relacionamento marido e mulher, pais e filhos e eu tenho tido essa experiência na minha casa. Eu sou pai de três moços, três jovens e todos eles são envolvidos com música, acho que herdaram alguma coisa do pai, da mãe também. Nosso ambiente sempre foi festivo, alegre e eu creio que Deus espera isso dos lares e das famílias.


A música ela tem o poder de unir, e se de repente você percebe que seu filho não gosta de uma coisa e quer uma coisa bem diferente e às vezes os pais não conseguem lhe dar com isso. O você indicaria para que os pais saibam lhe dar com isso?
Eu creio que existe limite pra tudo e existe também o principio do amor que deve reger todos os nossos atos, todas as nossas ações. A partir do momento que tanto o pai, quanto o filho entenderem que a música, o estilo, a preferência não é mais importante que a amizade, o relacionamento de um para com o outro, eu creio que a partir desse consenso é possível chegar a um equilíbrio, a um acordo e cada um respeitar a preferência do outro. É como um time de futebol, não adianta você querer convencer a pessoa vir para o seu lado. Tem que respeitar a preferência dela, ela respeita a sua e vamos conviver amigos para sempre.



Você já ensinou muitas pessoas que hoje também estão na mídia. A pergunta é a seguinte, você mostra também o lado ruim, o que pode acontecer de ruim por elas estarem na mídia? Eu pessoalmente prefiro que a pessoa tenha a experiência dela e se surgir a necessidade de um suporte ou uma ajuda, ai eu compareço. Porque é importante que ela cresça e que ela amadureça. São as próprias experiências, até no sentido de ter decepções que são inevitáveis em qualquer setor, basta você fazer parte da sociedade, que você vai conviver com pessoas e convivendo com pessoas você vai ver que a qualquer momento você vai ter uma decepção, um desapontamento, uma tristeza e a gente tem que saber superar isso. Em busca do Espírito de Cristo e firmados na palavra de Deus, a prática do perdão e a obediência ao mandamento de Cristo que diz que devemos amar uns aos outros. Então, dificuldades e lutas nós vamos ter sempre, mas é importante que cada um de nós aprenda individualmente, pessoalmente com o Senhor, como lhe dar com aquela situação. Quando a gente não tem experiência, a gente busca ajuda e socorro em quem pode nos dar.


Dá pra definir de uma forma bem simples a diferença entre cantar e adorar?
Eu costumo dizer que adoração, em primeiro lugar, eu não vejo como música. Eu tenho até um livro cujo título é "Adoração, Um Estilo de Vida", e um outro livro que se chama "O poder da música a serviço da adoração", então, os dois títulos desses dois livros já definem o entendimento que vem ao meu coração em relação a adoração e a música. Adoração é uma coisa, música é outra. Adoração pra mim é um estilo de vida, é uma forma de você viver. Até queria recomendar àqueles que vão ler essa reportagem que adquiram isso, que nós precisamos nos instruir, nós precisamos ter essa resposta. Adoração é uma forma de se viver e a música que você toca, que você canta, é o resultado dessa forma de viver como um adorador diante de Deus, porque Deus, a Bíblia é muito clara em dizer que Deus não procura adoração, Deus procura adoradores. Então Deus não procura o que eu faço Ele procura o que eu sou. O que eu faço não está naquilo que eu sou. Se eu não sou adorador, minha música não vai ter nenhum efeito, nenhum interesse para o nosso Deus. Mas, se eu sou um verdadeiro adorador, se eu cantar, se eu tocar, independente do estilo, vai soar agradável aos ouvidos do Pai.



Da a entender então que um adorador não necessariamente precisa cantar, e que as outras pessoas que não cantam têm um papel de adoradores também?
Pra você ter uma idéia, eu conheço grandes exemplares de adoradores que não são músicos, que não tocam e que não cantam e eu diria que alguns deles são mais adoradores do que eu. Inclusive essa separação precisa ser observada, desvincular músicos de adorador, que trabalham com músicas de adoração, mas que não é adorador. Se não tem o conceito e os princípios bíblicos claros, ele está apenas repetindo o que os outros fazem, e isso papagaio faz também.



Como foi o projeto de comemoração dos 30 anos?
No ano passado foi decidido entre alguns amigos que são mais próximos, em termos de produção, de marketing. Então foi nessa oportunidade que nós gravamos o Cd e DVD Comunhão e Adoração 6, uma produção da gravadora Aliança, como era comemorativo nós procuramos escrever a história através das canções desses anos todos. E convidamos alguns ministros, entre eles, Ana Paula Valadão, David Quinlan, Nívea Soares, Fernandinho, Soraya Moraes, Daniel de Souza, da nossa Comunidade, o Ronaldo Bezerra, a Raquel Novaes, meu filho que mora na Europa veio para o Brasil para participar. Então, foi um momento muito especial na minha vida, na vida da minha família, minha esposa que estava lá, nossos três filhos, minha nora. Foi uma reunião realmente de amigos, de família, de celebração, não em homenagem à pessoa do Adhemar, mas em homenagem ao responsável por tudo o que tem acontecido na vida do Adhemar, que é Jesus o nosso Senhor.



E esses 30 anos eles representam o crescimento dessa igreja no Brasil, praticamente eles retratam isso tudo não é?
Na verdade eu estava no começo desse mover de adoração no Brasil, junto com o Azaf e outros ministros da minha época. Então a gente exerceu sim o papel de desbravar e abrir caminhos, abrir lareiras nesse universo espiritual, musical. E hoje estamos vendo o resultado daquela semeadura que foi árdua, não foi fácil, mas tem sido muito gratificante.



Qual foi a sua referencia Pastor, você teve alguma influência na música?
Eu venho de uma família que alguns parentes meus já eram músicos profissionais. Meu pai também gostava muito de música e desde pequeno ele já me fazia cantar e eu cresci com essa presença musical. Eu sabia que eu tinha o dom pra música. Isso veio à luz, a aflorar no momento exato da minha conversão, do meu encontro com Cristo e aí a coisa aflorou e eu comecei a compor sem saber compor, comecei a tocar sem saber tocar e hoje eu sou compositor de 500 músicas e não tem nem metade disso gravado. São 20 trabalhos gravados e realmente é uma história, uma experiência, uma vivência, e é muito abençoador, muito gratificante tudo isso.



Deixa uma palavra pra quem está em casa e vai ler.
O melhor louvor que cada um pode e deve oferecer ao Senhor, é uma vida totalmente entregue, uma vida vivida exclusivamente para o Senhor e nos propósitos Dele. E na medida em que a gente se empenhar nisso, vai acontecer aquilo que Jesus disse em Mateus 5: 16, "Assim brilha a vossa luz diante dos homens para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que estás no céu". Essa é a razão de ser na vida de um cristão, de um filho de Deus.