segunda-feira, 31 de outubro de 2011

            Corramos com paciência. (Hb 12.1.)

            Correr com paciência é muito difícil. Correr sugere imediata­mente ausência de paciência, desejo de alcançar rapidamente o alvo. Comumente associamos paciência com estar deitado. Pensamos nela como o anjo que guarda o leito do inválido. Entretanto, não penso que a paciência do inválido seja a mais difícil de obter.

            Há uma paciência que eu creio ser mais difícil — a paciência capaz de correr. Deitar-se no tempo da dor, estar quieto sob o golpe da hora difícil, exige grande força; mas eu sei de uma coisa que exige uma força ainda maior: é o poder de trabalhar debaixo de um golpe; ter um grande peso sobre o coração, e ainda correr; ter uma profunda angústia no espírito, e ainda executar a tarefa diária. É uma semelhança a Cristo.

            Muitos de nós seriamos capazes de nutrir uma dor sem chorar, se lhes fosse permitido nutri-la. A coisa difícil é que a maioria de nós é chamada a exercitar a paciência não na cama, mas na rua. Somos chamados a sepultar as nossas tristezas, não em plácida quietude, mas no serviço ativo — nos negócios, na oficina, na hora social, no contribuir para a alegria de outro. Nunca é tão difícil enterrar as tristezas como no meio dessas situações; é correr com paciência.

            Esta foi a Tua paciência, o Filho do homem. Era, a um só tempo, um esperar e um correr — um esperar pelo alvo, e um executar do trabalho de pouca aparência, enquanto isso. Eu Te vejo em Caná, transformando a água em vinho para que a festa das bodas não se ensombreasse. Eu Te vejo no deserto alimentando a multidão, apenas para aliviar uma necessidade temporária. Todo, todo o tempo, Tu estavas levando uma grande dor, não partilhada, silenciosa. Os homens pedem um arco-íris nas nuvens; mas eu pediria mais de Ti. Eu desejaria ser, na minha nuvem, eu mesmo um arco-íris, ministrando alegria aos outros.

A minha paciência será perfeita, quando for capaz de trabalhar na vinha. — George Matheson

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Deus nos está preparando.

Eis que farei de ti um trilho cortante e novo. (Is 41.15.)

Uma barra de aço no valor de cinco dólares, quando transfor¬mada em ferraduras passa a valer duas vezes mais. Se transformada em agulhas, passa a valer setenta vezes mais; se em lâminas de canivetes, seis mil vezes mais; se em molas de relógios, cinqüenta mil vezes mais. Por que processos a pobre barra tem que passar para ficar valendo isto! Mas quanto mais ela é manipulada, e golpeada, e introduzida no fogo, e batida, e prensada, e polida, maior o seu valor.

Possa esta parábola ajudar-nos a ficar quietos, em silêncio e pacientes. Os que sofrem mais são capazes de submeter-se mais; e é através de dor que Deus está conseguindo mais de nós para a Sua glória e a bênção de outros. — Selecionado

A vida é muito misteriosa. Aliás, ela seria inexplicável se não crêssemos que Deus nos está preparando para cenas e ministérios que estão além do véu dos sentidos, no mundo eterno, onde, para serviço especial, são necessários espíritos bem temperados.

"O torno que tem as lâminas mais afiadas produz o melhor trabalho."

http://wallysou.com/2015/10/24/24-de-outubro-como-um-trilho-cortante-e-novo/

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sofrer sem ficar desanimado !!!!!!

O Senhor aperfeiçoará o que me concerne. (Sl 138.8.)

Há no sofrimento um mistério divino, sim, um poder estranho e sobrenatural, que nunca foi penetrado pela razão humana. Não há alma que não tenha conhecido grande santidade, que também não tenha passado por grande sofrimento. Quando a alma chega ao ponto calmo e doce de não abrigar preocupações, quando ela pode ter no íntimo um olhar suave para com a própria dor e nem sequer pede a Deus para livrá-la do sofrimento, então o sofrimento já cumpriu seu bendito ministério; então a paciência concluiu sua obra perfeita; então a crucificação começa a transformar-se em coroa.

É neste estado de maturidade no sofrimento que o Espírito Santo opera muitas coisas maravilhosas em nossa alma. Em tais condições, todo o nosso ser está inteiramente quieto sob a mão de Deus: cada faculdade da mente, da vontade e do coração está finalmente subjugada. Uma quietude vinda da eternidade ocupa todo o ser; a língua se aquieta e tem poucas palavras a dizer, ela pára de fazer perguntas a Deus, pára de clamar: "Por que te esqueceste de mim?"

A imaginação pára de construir castelos na areia ou de voar para rumos vãos, a razão fica mansa e dócil, as escolhas próprias são deixadas, a alma não deseja outra coisa senão o propósito de Deus. Nossa afeição se desliga de toda criatura e de todas as coisas; ela fica tão entregue a Deus, que nada pode ferir nosso coração, nada pode ofendê-lo, nada pode detê-la, nada pode atravessar-se em seu caminho; pois sejam quais forem as circunstâncias, o ser está buscando só a Deus e a Sua vontade. Ele sabe com certeza que Deus está fazendo com que todas as coisas no universo, boas ou más, passadas ou presentes, contribuam juntamente para o seu bem. Que felicidade é estarmos inteiramente subjugados!

Perdermos a nossa própria força, e sabedoria, e planos e desejos, e estarmos onde todos os átomos da nossa natureza são como o plácido mar da Galiléia sob os onipotentes pés de Jesus. — Soul Food

A grandeza está em sofrer sem ficar desanimado. — Fenelon

Fonte: A grandeza está em sofrer sem ficar desanimado. — Soul Food

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Apreendi a Confiar no Senhor !!!!!!!

E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro. (Jó 42.12.)

Jó tomou posse de sua herança através de sofrimento. Foi provado, para que sua grandeza pudesse ser comprovada. E não será também que as minhas tribulações se destinam a aprofundar o meu caráter e revestir-me das graças de que possuía tão pouco?  As aflições de Jó deixaram-no com um conceito mais alto de Deus e mais baixo de si mesmo. "Agora", exclamou ele, "te vêem os meus olhos."

Se através de dor e da perda sinto Deus tão perto, que me curvo diante dEle e oro: "Seja feita a Tua vontade", meu proveito é enorme. Deus deu a Jó vislumbres da glória futura. Naqueles dias longos e cansativos, ele penetrou dentro do véu e pôde dizer: "Eu sei que o meu Redentor vive." De fato, o último estado de Jó foi melhor do que o primeiro. — In the Hour of Silence

"A tribulação nunca nos vem sem trazer ouro em suas mãos."

A aparente adversidade se transformará por fim em vantagem, se apenas estivermos dispostos a continuar em nossa marcha e esperarmos com paciência. Vejamos as almas dos grandes vencedo¬res: elas sempre ficavam firmes em seu trabalho, sem medo e corajosas! Há bênçãos que não poderemos obter se não aceitarmos e agüentarmos o sofrimento. Há alegrias que só nos podem vir por meio da dor. Há revelações de verdades divinas que só podemos obter quando se apagam as luzes deste mundo. Há colheitas que só nos vêm depois que o arado fez o seu trabalho.
Do sofrimento têm emergido as almas mais fortes; os caracteres mais sólidos são marcados de cicatrizes; mártires têm tido por vestes de coroação, mantos em chamas; e é através de lágrimas que muitos têm começado a ver as portas do céu.

O preparo da nossa fé será incompleto se não entendermos que há uma providência na perda, um ministério na falha e enfraqueci¬mento das coisas, uma dádiva no vazio. As inseguranças materiais da vida contribuem para a sua firmeza espiritual. A tênue corrente¬za junto à qual Elias estava assentado e meditando, é uma figura da vida de cada um de nós. "E sucedeu que... o ribeiro se secou" — eis a história do nosso ontem e a profecia dos nossos amanhãs.


De uma forma ou de outra, teremos que aprender a diferença entre confiar no dom e confiar no Doador. O dom pode ser bom por um tempo, mas o Doador é o Amor Eterno.

Querite representava um sério problema para Elias, até que chegou a Sarepta. Então tudo ficou claro como o dia. As palavras duras de Deus nunca são Suas últimas palavras. Os ais, as perdas e as lágrimas da vida fazem parte do interlúdio, não do fim.

Se Elias tivesse sido levado diretamente a Sarepta, teria perdido uma experiência que ajudou a fazer dele um profeta mais sábio e um homem melhor. Junto a Querite ele viveu pela fé. E quando em nossa vida se secar algum ribeiro de recursos terrenos, aprendamos que a nossa esperança e socorro estão no Deus que fez o céu e a terra.