"...Pois no momento da adversidade ele me ocultará no seu pavilhão, no recôndito do seu tabernáculo, me acolhera; elevar-me-á sobre uma rocha...” (Salmo 27:5 )
Davi, filho mais moço dentre os oitos filhos de Jessé, foi o segundo rei de Israel, Davi era um Hábil guerreiro e ao mesmo tempo um poeta a na mesma proporção um profeta, Davi era filho de uma mulher piedosa, é o que relata o salmo 86:16 “...salva o filho da tua serva...”, e repetidamente diz no Salmo 116:16 “...sou teu servo filho da tua serva...”, o texto de I Samuel 16: 12 informa que Davi possuía boa aparência ruiva e belos olhos e mostrava-se um filho obediente e dedicado.
Pode se dizer que Davi era um filho caseiro, responsável até demais para sua idade, em sua pouca idade já administrava o rebanho de seu pai e defendia-o literalmente com unhas e dentes, em Samuel 17:34 á 36 ele mesmo nos revela que desde pequeno possuía uma força inigualável, que garoto de sua idade seria capaz de matar um leão e um urso.
Davi era um jovem de coragem, possuía uma grande força e em alguns momentos sangue frio, Davi era um Hábil guerreiro e ao mesmo tempo um grande poeta a na mesma proporção um profeta. Após a sua chamada para ser o futuro rei de Israel, Davi muito diferentemente do que esperávamos, continua cuidando das ovelhas de seu pai até a voz de Deus ecoar do trono dizendo é chegada a apresentação do novo Rei.
O Senhor permitiu que o atual rei fosse atormentado por demónios, e alguém do palácio de a seguinte sugestão, “... busquem um homem que saiba tocar harpa... então ele dedilhará e te acharás melhor...” (I Samuel 16:14-18), Davi era este homem, um tocador de Harpa, forte e valente, homem de guerra, dotado de bom senso e juízo e mais era perceptível que o Senhor era na vida Dele (I Samuel 16:18).
Vejamos as qualidades do Jovem Davi:
Forte – Valente - Homem de guerra - De bom senso e juízo - Possuía a presença de Deus em sua Vida.
Davi um jovem israelita que possuía muitas qualidades, era de esperar que atraísse para si a atenção de muitas pessoas, bem intencionadas e mal intencionadas, o próprio rei era um dos quais que, não conseguia mais olhar Davi como um companheiro, mas sim como um concorrente, pois Davi era considerado uma celebridade.
Certo dia algumas mulheres alegres com as vitórias de Davi, cantavam “... Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares...” (I Samuel 18:7), daí para frente à vida de Davi não foi mais a mesma, o Reis tentou mata-lo duas vezes, e Davi acaba que fugindo para o Deserto.
Davi torna-se um herói fugitivo, com medo da morte, com medo dos homens, não parecia mais àquele jovem rapaz que havia matado um urso e um leão, e muito menos aquele que tinha derrotado o gigante Golias, aquele forte e valente homem de guerra, poderia ter ficado, pois era o rei por direito e escolhido por Deus, mas preferiu fugir.
Davi mostrou ser aquele típico cristão, que uma hora é forte e valente é destemido, ousado, mas dependendo da situação retrocede e torna-se um fujão, é semelhante aquele lutador que derruba muitos oponentes, mas uma hora se depara com algo que aparentemente é mais forte e tenta fugir do ringue. Comparando a vida com um ringue de luta, tente lembrar quantas batalhas você ganhou, e quantas vezes você fugiu.
Desistimos facilmente quando aparentemente aquilo que nos desafia se mostra maior e invencível, e por quê ? O que nos faltou naquele momento em que o desafio se mostrou superior a sua força, o que aconteceria com Davi se ele ficasse, o que aconteceria com você se você ficasse e encarasse aquele desafio, e não fugisse como Davi. Hoje fica difícil para dizer qual seria o resultado, mas uma coisa Davi aprendeu “...Deus é minha salvação de quem terei medo...”.
Existem pessoas que fogem antes de lutar, e não conquistam nada, existem pessoas que fogem antes de lutar e não conseguem ter experiências com Deus, existem pessoas que fogem antes de lutar e não crescem, não prosperam, continuam com a mesma vida, não há mudança, não há progresso, não há nada.
Não terá Histórias para contar para os filhos e netos, não será lembrada ou lembrado, não será lembrada ou lembrado como exemplo, não será exemplo para os filhos, não será exemplo para ninguém, porque foge dos desafios que a vida lhe impõe.
É o medo, a insegurança, a falta de fé, a falta de coragem, se mostra fraco no dia da adversidade, e prefere fugir. Foge dos problemas familiares, foge dos problemas profissionais, foge daquele acerto de contas com a esposa, foge daquele acerto de contas com o marido, foge de qualquer tipo de ameaça aparente, vive fugindo, fugindo, fugindo e fugindo.
Davi não fugiu a sua vida inteira, Davi não foi um eterno fujão as circunstancias fizeram com que Davi voltasse ao seu ponto de origem para casa de Saul, lugar de onde fugira, mas, desta vez para tomar o seu lugar de direito, o trono de Judá.
Não sei lhe falar, se caso o Rei Saul permanecesse vivo Davi teria coragem de voltar a Judá para assentar no trono, haja vista que ele não aplicaria uma ofensiva contra Saul, mesmo tendo a consciência de que nascera para aquele fim.
Não sei se nos momentos de fuga ele parou para pensar que não haveria necessidade de fugir, mesmo depois de ser chamado e ungido rei.
Mas no Salmo 18, Salmo que retrata um pouco da sua trajetória nos dá a ideia que ele aprendeu que as fugas muitas vezes nos distanciam da vontade de Deus, e inicia o salmo dizendo “...Eu te amo , ó Senhor força minha. O senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador, o meu Deus, o meu rochedo, em que me refugio, o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte (apoio e suporte)...”, e termina dizendo “...É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei, e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre...”
Se fugirmos não teremos experiências com Deus, se fugirmos não seremos vistos como bons exemplos, se fugirmos seremos alvos fáceis para nossos inimigos.
Não podemos das às costas para os nossos desafios, já pensou o que seria de uma grande parte da Europa se Martinho Lutero dissesse não ao seu chamado, ao contrario ele disse “... Já que é preciso que eu seja o profeta da Alemanha, quero cumprir meu dever até o fim...”.
Davi em seus Salmos declara sua fé profunda em Deus, e na adversidade ele tem Deus como amigo, aquele amigão, que nunca te deixa sozinho, aquele amigo que briga com você quando vê quando você não anda bem certo das ideias, aquele amigo que festeja as suas vitórias, e sai pulando com você nos dias alegres da sua vida.
No Salmo 27 verso 5 ele diz ”...Pois no momento da adversidade ele me ocultará no seu pavilhão, no recôndito do seu tabernáculo, me acolhera; elevar-me-á sobre uma rocha...”
“... Na vida é preciso apreender a recuperar o folego rápido, pois é cheia de desafios, e desafios não marcam hora para aparecer...”